As Luas de Marte

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Como atividade para a disciplina de Comunicação e Expressão Escrita, fomos desafiados a criar uma história que se valesse da narrativa hipermídia. O objetivo era desenvolver o trabalho utilizando os princípios básicos desse tipo de narração: hibridização da linguagem, banco de dados, multilinearidade e interatividade. Diante do desafio, ficamos tão instigados que criamos: As Luas de Marte.

Trabalhando com a ideia da narração em “meios” diferente, pensamos em desenvolver a história dos quatro satélites e do planeta central em realidades diferentes. Nesse sentido, propomos a criação de um livro que contaria a história de Ágora e serviria como forma de reunir e encadear as histórias. Enquanto isso, Zerah seria trabalhada num game. Uma vez que se trata de um mundo ainda inexplorado, o jogo possibilitaria a construção da narrativa a partir da perspectiva do usuário. Essa é a mesma intenção de trabalhar com uma HQ sobre Cretácia – a ideia aqui é relacionar o mundo mais antigo que se conhece com a origem dos filmes fantásticos: as histórias em quadrinhos. A narrativa nas telonas contará a construção do reino mais peculiar: GermanKa. Por fim, Binarius será abordada em uma web-série.

Logo:

As Luas de Marte

As Luas de Marte

A hibridização seria empregada ao utilizarmos as linguagens características de cada meio para contar as histórias. Elas estarão todas em banco de dados permitindo, assim, um conjunto de ações pré-estabelecidas para o usuário. Interessante notar que essas ações não servirão [e nem podem] como uma limitação. Daí a ideia de trabalhar com um “sistema-bússola”, onde cada usuário estará capacitado a interagir com o conteúdo a partir de suas necessidades e expectativas. Nesse sentido, trabalhamos a questão da multilinearidade e da interatividade. O usuário como “capitão” entrará em contato com uma narrativa sem início. A ideia de dispor de um banco de dados possibilita isso: fornecer para quem usa a possibilidade de acessar o conteúdo que quiser (seja a web-série, a HQ, o filme ou o game). A interatividade vem exatamente quando consideramos que os fóruns e chats permitirão a construção de histórias paralelas. Outro ponto que merece ser considerado é o fato da “protagonista” possuir um dom especial que lhe permite estar em qualquer um dos mundos. Sendo assim, isso abre um espaço para que o usuário, a partir dos avatares, construa a história da forma que achar conveniente.a narrativa é o próprio usuário.

Confira agora o início dessa história:


AS LUAS DE MARTE

O Domo

Em uma realidade muito distante, vive uma sociedade complexa com realidades temporal e tecnológica distintas. Em um planeta orbitado por quatro satélites – Zerah, Cretácia, GermanKa e BInarius- está a sede do governo. Ágora, como é conhecido, abriga a elite imperial que rege, pacificamente, os quatro mundos.

As Luas de Marte

As Luas de Marte

  • Zerah é um satélite onde se acredita que não haja vida. Por suas condições naturais adversas, é um lugar pouco conhecido e muito desprezado por essa complexa civilização. É em Zerah que se encontra um importante recurso natural cobiçado. O Elixir, pedra com poderes de transformar o mundo como o conhecemos se tornará o motivo central da guerra.
  • Cretácia é outro desses satélites. Com características pré-históricas, é um mundo onde as condições social e financeira são menos favorecidas.
  • Em Germanka está o principal polo ideológico dessa civilização. Nesse mundo com característica medieval se encontra o principal braço político de Ágora, o planeta central.
  • Binarius é o mundo mais desenvolvido que se conhece. Numa realidade futurista, abriga a base científico-tecnológica. Em Binarius se encontra também a principal força militar desse povo.
  • A Capital, conhecido como Ágora, reúne as famílias mais importantes. Entre elas está a Família Imperial que administra os quatro satélites.
As Luas de Marte

As Luas de Marte

Os três satélites mais o planeta central – desconsiderando Zerah por ser inabitado – coexistem em harmonia. Isso até que Talúria, um fanático religioso muito rico de Germanka, se baseando em uma antiga profecia, acredita estar destinado a depor o sistema de governo dessa sociedade. Para isso vai para Binarus na intenção de se equipar belicamente e destituir a família real. Talúria consegue apoio de uma boa parcela do exército. A partir desse momento cria-se um movimento de revolução chamado de ‘A Resistência’. O fanático consegue dominar as redes de comunicação, transmitindo clandestinamente duras críticas ao governo. Isso gerou uma grande insatisfação de toda a sociedade.

Enquanto isso surge em Germanka um movimento contra a Resistência. Inicia-se uma cruzada contra os revolucionários. O exército germaniko aliou-se ao Exército Real contra A Resistência.  Diante da crise diplomática uma jovem guerreira de Cretácia viaja até Ágora. Mika vai para a Capital disposta a tudo para buscar maiores investimentos em seu mundo.

A jovem só não contava que Talúria, para mostrar seu poderio e amedrontar a elite de Ágora, coordenaria um ataque nuclear à Cretácia. A operação destruiu boa parte da sociedade cretana, entre elas a família de Mika. Sob o controle dos rebeldes, os meios de comunicação atribuíram o ataque à uma represália da família. Movida por vingança, Mika se alista voluntariamente na Resistência.

Disposta a tudo, a jovem guerreira cretana não medirá esforços para vingar a morte do seu povo. O exército rebelde será apenas uma preocupação para o governo central. A Capital voltará todos seus esforços para deter Mika, dona de um dom especial capaz de mudar a história.

“Nem mil homens ou mil elefantes serão capazes de impedir sua vingança. Aqueles que se colocarem diante do seu caminho estão fadados a sucumbirem na escuridão do universo. “ – Profecia Cretana


A gente se encontra em Ágora.